Passear de Bonde em Lisboa é um daqueles programas clichês para quem visita Portugal. O bonde, ou eléctrico como é conhecido, te proporciona outros ângulos para apreciar a arquitetura lusitana e suas paredes repletas de azulejos gastos. Ou seja, subir e descer as ladeiras da cidade de bonde é um daqueles programas que não pode ficar de fora da lista de desejos de quem vai à Lisboa. Além disso, os bondes podem ser uma boa maneira para se locomover até pontos mais distantes da cidade.
Os bondes elétricos circulam pela cidade desde 1900 e até hoje são utilizados por lisboetas como meio de transporte. Atualmente, circulam por Lisboa cinco linhas diferentes de bondinhos. Dessas cinco, nós passeamos em três. Embora sejam constantemente reformados e muitos já tenham um aspecto moderninho, alguns bondes amarelinhos parecem realmente ter saído de um museu.
Começamos nossos passeios de bonde, indo a região de Belém com o Eléctrico 15. Ele sai da região central e turística e leva em torno de 30 minutos para chegar a Belém. Na ida fomos com um bonde biarticulado moderno e na volta viemos em um dos modelos antigos. Como era sábado, o tempo de espera pelo bonde foi maior e ele voltou de Belém bem cheio. Uma boa dica é parar no Cais do Sodré e voltar caminhando até a Praça do Comércio. Fizemos isso e aproveitamos para conhecer o Mercado da Ribeira, ponto gastronômico da cidade. Valeu muito a pena.
Foto: Mercado da Ribeira.
Outra linha que pegamos foi a do Eléctrico 12. Essa linha é mais central e usamos ela mesmo só para passear. Ela vai até o Castelo de São Jorge, desce as ladeiras de Alfama e volta para a região central. Sentados na janela da linha 12, nos encantamos ainda mais com o bairro de Alfama, o mais antigo da cidade, onde Lisboa é ainda mais bucólica e apaixonante.
Todavia, a linha mais procurada é a do Eléctrico 28. Ela percorre muitos pontos turísticos da cidade e passa por vielas encantadoras. Por ser muito turística, os bondes costumam viver lotados. Passear de pé e apertado pode não ser uma boa pedida. Por isso, nossa dica é que você pegue a linha em um dos pontos finais da linha. Nós pegamos o Eléctrico na Praça Martin Moniz e fomos até o final da linha, no Campo de Ourique. Esperamos dois bondes saírem até conseguirmos lugar para irmos sentados na janela. Vale a pena a espera. Todos os bondes dessa linha são os antigos e tradicionais.
Fotos: Passendo de Eléctrico.
É, com certeza, uma viagem no tempo. O Eléctrico 28 passa por regiões tradicionais como o Bairro Alto, Graça, Alfama e Baixa. Em alguns pontos do trajeto ele passa em ruas tão apertadas que é impossível não achar que ele vai bater em algum dos prédios. Mas ele segue firme e forte nas vielas cheias de curvas da cidade. Como descemos em Campo de Ourique, aproveitamos para conhecer o Mercado de Ouriques. Era domingo e muitas bancas estavam fechadas. Se você for durante a semana vale a pena visitar. É um mercado menos turístico e frequentado em sua maioria por locais, uma vez que já está fora da zona turística da cidade.
Foto: Mercado de Ourique.
Para passear de bonde nós compramos um cartão na estação de metrô que custou 6,90 euros por pessoa e pode ser utilizado por 24 horas. Esse cartão pode ser utilizado em qualquer meio de transporte público da cidade e para a gente valeu a pena. Caso você não queira, pode pagar a passagem individual que custa 2,90 euros.
Então, na dúvida, siga nossa dica! Use e abuse dos passeios de bonde por Lisboa. Você não vai se arrepender.
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