Pandemia… férias chegando… fronteiras fechadas… um ano exaustivo de aulas online… um mundo de incertezas. Contudo, algumas certezas tínhamos: precisávamos descansar, entrar em contato com a natureza e continuar nos cuidando em relação ao coronavírus. Foi então que veio a ideia: Como será viajar de motorhome pelo Brasil? Já tínhamos quatro experiências no currículo, todas em solo europeu. Iniciamos nossas pesquisas e vimos que era possível. Aliás, foram muitas as famílias que descobriram esse modo de viajar durante a pandemia.
Embarcamos nessa aventura em janeiro de 2021. E agora nesse post vamos detalhar o nosso roteiro, cidades que visitamos e onde pernoitamos. Já temos outros posts contando a nossa rotina em motorhomes. Para quem pensa em fazer uma viagem a bordo de uma casa pela primeira vez, sugerimos fortemente a leitura desses post aqui.
Onde alugamos o motorhome?
Alugamos nosso motorhome com o pessoal do @ancoradosporai. O casal começou com um veículo e hoje eles já estão produzindo o terceiro motorhome para locação. O motorhome que alugamos era bem equipado e muito bem cuidado. A diária está na média de R$ 400,00.
Quanto tempo viajamos?
Ao todo, nossa viagem durou 13 dias. Fomos até Passo Fundo retirar o motorhome e deixamos nosso carro da empresa do Enio, proprietário do motorhome.
Distância percorrida e consumo de combustível
Para rodar 1500 km, abastecemos o carro com 168 litros de Diesel S10, dando uma média de 9km por litro.
Quais aplicativos utilizamos?
Para encontrar os melhores caminhos utilizamos o Google Maps e para encontrar sugestões de pernoite utilizamos o iOverlander.
Roteiro
Antes de mais nada, escolhemos alguns lugares que tínhamos muita vontade de conhecer. Com base em muitas pesquisas e vídeos do YouTube, selecionamos alguns destinos principais e fomos acrescentando cidades encantadoras pelo caminho. A ideia inicial era realizar um roteiro circular. Contudo, as fortes chuvas na região fizeram com que tivéssemos que alterar nosso roteiro durante a viagem.
Foto: Mapa reduzido do nosso roteiro.
Recado IMPORTANTE
Antes de contarmos sobre os detalhes do nosso roteiro, vale salientar que conhecíamos muito bem algumas cidades que visitamos, tais como Gramado e Bento Gonçalves. Incluímos essas cidades no roteiro mais no sentido de curtir a viagem de motorhome. Não fizemos grandes passeios. Mas ressaltamos que a Serra Gaúcha tem muitos atrativos turísticos e, caso você não conheça, vale a pena dedicar vários dias a ela. Caso contrário, a viagem fica corrida e cansativa.
Foto: Iniciando mais uma aventura em família.
Dia 1- Passo Fundo- Vacaria
Saímos cedinho da nossa casa (moramos em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre) e percorremos cerca de 300 km com o nosso carro até chegarmos em Passo Fundo, cidade onde retiramos o motorhome. Após recebermos todas as instruções do Ênio Servat, organizamos nossas coisas e seguimos viagem. Vale salientar que, no primeiro dia de viagem, não é legal planejar muita coisa. Afinal, você terá que conhecer o veículo, organizar seus pertences e fazer compras de alimentos. Rodamos pouco mais de 180 km até chegarmos na Vinícola Campestre, em Vacaria, onde passamos nossa primeira noite. A Vinícola Campestre é um charme só. Chegamos e fomos logo conhecer a loja e aproveitamos para tomar um vinho no terraço curtindo o visual do local. O pessoal da Vinícola foi muito receptivo, nos deixou dormir no pátio da Vinícola (em frente à loja) e ainda nos ofereceu água e um ponto de luz sem custo algum.
Distância percorrida: 180 km
Localização Vinícola Campestre: https://g.page/vinicolacampestre?share
Foto: Nosso primeiro pernoite foi em frente à Vinícola Campestre.
Dia 2- Vacaria- Lages
Acordamos e logo nos organizamos para realizar a visita guiada na Vinícola Campestre. A visita é simplesmente sensacional. Já visitamos muitas vinícolas em diferentes partes do mundo e essa visita nos impressionou muito positivamente. O passeio pelos parreirais, a história da família, a tecnologia empregada e a qualidade dos espumantes e vinhos são destaques do passeio. A visita guiada custa R$ 50,00 por pessoa e dura, em média, duas horas.
Fotos: Visitação da Vinícola Campestre.
Após a visitação que durou cerca de 2 horas, seguimos para o centro de Vacaria onde passeamos pela Praça Daltro Filho e admiramos a Catedral Nossa Senhora da Oliveira, em estilo neogótico. Na passada, também conhecemos o Monumento ao Ginete.
Foto: Catedral de Vacaria.
Nos dirigimos então para Lages, primeira cidade catarinense do nosso roteiro. Chegamos já no final da tarde e fomos direto para o Camping do Tio Celso, localizado entre Lages e São José do Cerrito. Detalhe para a acolhida do proprietário, que mesmo com o Camping fechado, permitiu que nós pernoitássemos ali e ainda nos ofereceu os banheiros do local, além da água e da eletricidade.
Foto: O espaçoso camping do Tio Celso.
Distância percorrida: 105 km
Localização do Camping: https://goo.gl/maps/A1TgtB4e9txqT2Ts6
Dia 3- Lages- Urupema
Após curtimos a natureza no entorno do Camping, seguimos para conhecer um pouco mais de Lages. Antes disso, pegamos uma estradinha que dá acesso ao Salto Caveiras, uma cachoeira com mais de 200 metros de largura que se formou devido ao represamento de uma barragem na região. O local estava fechado ao público, mas da estrada conseguimos observar a beleza do lugar.
No centro de Lages, estacionamos nosso motorhome e fomos caminhar pelas principais vias da cidade. Lages é a maior cidade da Serra Catarinense com mais de 150 mil habitantes. Conhecemos a Igreja Matriz localizada na Praça João Ribeiro, praça central da cidade. Depois seguimos caminhando até a Praça Jonas Ramos, um local muito legal para crianças. Tem uma pracinha e um lago cheio de carpas. Também conhecemos a Praça Vidal Ramos Sênior Filho que abriga o conhecido monumento Carro de Molas.
Foto: Praça Jonas Ramos.
Já no meio da tarde percorremos os 90km que separam Lages de Urupema, conhecida por ser a cidade mais fria do Brasil. A cidade é bem pequena e sua praça central é uma graça. Estacionamos ali e fomos pegar informações no Centro de Atendimento ao Turista. Quem nos recebeu foi o próprio secretário de turismo da cidade, que nos indicou onde estacionar e nos forneceu um ponto de energia elétrica. Estacionamos ao lado da Igreja de Santana, matriz da cidade. Aproveitamos para conhecer a Casa de Cultura e entender um pouco mais da riqueza e colonização da cidade.
A Praça Municipal Manoel Pinto de Arruda, com 1335 metros de altitude, é uma graça. Com um playground maravilhoso, Sofia ficou se divertindo ali até a noite chegar. Os banheiros são limpos e os jardins muito bem cuidados.
Foto: Playground na praça central de Urupema.
Distância percorrida: 90km.
Localização pernoite Urupema: https://goo.gl/maps/imcZ9UAYaKi6L2Nc6
Dia 4- Urupema- Urubici
Depois de um belo café da manhã, conhecemos o projeto Fitoterápicos Tia Lota, uma farmácia comunitária mantida pela cidade. Todos os chás são cultivados por ali e fornecidos gratuitamente para a população.
Fomos conhecer o Morro da Antenas, um dos locais mais altos de Santa Catarina com altitude de 1726 metros. A estrada para chegar lá é de chão, com alguns buracos, mas dá para ir tranquilamente mantido os devidos cuidados. A vista lá de cima é linda. Ventava muito e logo começou a fechar o tempo. Não quisemos arriscar ficar presos lá em cima devido a serração. Batemos fotos e já fomos curtir o próximo atrativo, a Cascata que Congela. Estacionamos o motorhome no início da estradinha que leva até a Cascata e fomos caminhando em meio à mata nativa. Escutamos o som dos pássaros e ficamos admirando a paisagem. A Cascata é uma pequena cachoeira que, devido ao baixo volume de água, acaba congelando nos dias mais frios do inverno.
Foto: A bela estrada que leva à Cascata que Congela.
Gostamos tanto da paisagem que acabamos decidindo seguir por ali. Abrimos nossa canga e a Sofia ficou brincando enquanto preparamos o almoço. Como companhia, apenas algumas vacas que passavam de vez em quando.
Depois do tradicional descanso pós almoço, seguimos pela Estrada das Araucárias até Urubici. São duas opções de estrada. Nessa o trajeto é um pouco maior, mas a beleza compensa demais. Como o próprio nome diz, são milhares de araucárias em ambos os lados da estrada.
Chegamos em Urubici já no fim do dia e paramos no Camping Urubici, onde pernoitamos. O Camping Urubici tem uma localização estratégica, ficando na estrada que dá acesso aos principais atrativos da cidade. Tem banheiros limpos, internet, água e energia. O casal que administra o local, a Juliana e o Zagueu, são super prestativos e muito simpáticos. No camping, tem uma pequena venda com produtos básicos.
Distância percorrida: 96 km
Localização Camping Urubici: https://goo.gl/maps/Yf4QTX4GL3oNJR1W6
Dia 5- Urubici
O dia não amanheceu dos melhores. Céu nublado, alguns chuviscos. O jeito era esperar. Depois de um café reforçado seguimos em direção a Cascata do Avencal, nosso primeiro destino do dia. Em alguns pontos da estrada é possível avistar a cascata de longe com seus mais de 100 metros de queda. Para ver a Cascata da parte superior existem dois parques. Escolhemos o Parque Quedas do Avencal que tem um mirante com piso de vidro e oferece uma vista de tirar o fôlego. Além disso, dentro do parque existe o balanço do infinito que oferece lindas fotos. O ingresso do Parque custa R$20,00 por pessoa.
Ainda dentro do parque a chuva voltou a ficar forte. Almoçamos por ali e fomos em direção a Cachoeira Papuã. Do Parque Quedas do Avencal até lá, a estrada é de chão, mas em boas condições. O visual da estrada é belíssimo. Uma vegetação nativa de encher os olhos. A entrada nesse parque custa R$20,00 por pessoa. O legal daqui é que a trilha até o mirante é acessível a qualquer um. Com um deck de madeira sobre a vegetação, crianças, idosos e cadeirantes conseguem percorrer a trilha sem problema algum. O mirante de vidro te convida a contemplar duas quedas de água há mais de 120 metros de altura. Sensacional.
De lá, voltamos para o nosso camping na cidade de Urubici. Antes disso, passeamos um pouquinho pelo centro da cidade no entorno da Praça e da Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Dia 6- Urubici
O tempo mudou. Depois de um dia de muita chuva e céu fechado, o dia amanheceu lindo. Era o dia perfeito para conhecer mais alguns atrativos da cidade. Logo depois do café da manhã seguimos em direção ao Morro do Campestre. Parte da estrada que leva até lá é de chão batido, mas dá para ir tranquilamente. Quando chove muito, a estrada não fica em boas condições. Por isso, nossa sugestão é contatar com o pessoal de lá antes de ir. Foi o que fizemos através do WhatsApp.
O Morro do Campestre é uma enorme formação de arenito no topo de uma montanha sob o vale do Rio Canoas. Com mais de 1300 metros de altitude, o local oferece vistas espetaculares de Urubici. Recomendamos ir com calçados confortáveis para subir as escadarias que levam ao topo do Campestre. O ingresso é R$20,00 por pessoa.
Fotos: Visual do Morro do Campestre.
Após a visita ao Morro do Campestre voltamos para o camping, curtindo as plantações de macieiras ao longo da estrada de chão.
Para os passeios do turno da tarde, optamos em contratar um tour privado, pois lemos que as estradas não estavam em boas condições. Conversamos com o pessoal do Camping Urubici sobre quais atrações gostaríamos de fazer. Eles nos ofereceram um tour de 4×4 privado e lá fomos nós.
Nossa primeira parada foi no Morro da Igreja. Um dos principais atrativos da Serra Catarinense, o Morro da Igreja está há mais de 1800 metros acima do nível do mar. Do mirante, tem-se uma vista panorâmica de toda a região. Destaque para a Pedra Furada, uma formação rochosa com um furo de quase 30 metros de diâmetro. Por se tratar de uma área de preservação natural, é necessário agendamento para visita do site do ICMBio. A visita é gratuita. Após agendamento online, é preciso ir na sede do ICMBio da cidade para retirar a autorização de entrada no parque
Foto: Pedra Furada, vista do Morro da Igreja.
Após admirarmos as vistas estonteantes do Morro da Igreja, nossa próxima parada foi na Cascata Véu de Noiva, com acesso bem próximo dali. Com uma trilha bem acessível, é possível molhar os pés na cascata e tirar lindas fotos. O ingresso no parque custa R$15,00 por pessoa.
Foto: Cascata Véu de Noiva.
A passagem pela cascata foi rápida. Tínhamos mais um incrível destino pela frente. Nos dirigimos a Serra do Corvo Branco. O carro parou no início da Serra, ponto de partida de muitos aventureiros que passam por ali. Nós optamos por caminhar entre os incríveis paredões rochosos. Rochas e vegetação se entrelaçam criando uma estrada cinematográfica. Atenção: o tempo muda rapidamente por ali. Em questão de minutos, a neblina tomou conta da paisagem acabando com qualquer possibilidade de vista. Se você está de carro, vale salientar que algumas curvas da serra chegam a 180 graus.
Voltando para o camping ainda paramos na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, um local tranquilo e com uma energia muito boa. Com entrada gratuita, o espaço tem uma gruta natural, cercada de paredões onde está a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Vale a pena a visita.
Foto: Gruta Nossa Senhora de Lourdes.
Dia 7- Urubici- Bom Jardim da Serra
Após o café da manhã, seguimos para a Pousada Pica Pau, onde lemos que era possível realizar colheita de algumas frutas. O local é bem legal. Eles te levam de trator até o pomar e você paga aquilo que colher. Colhemos ameixas, maça e uvas. Sofia adorou a atividade. O quilo de cada fruta custava R$5,00.
Dali seguimos viagem para a cidade de Bom Jardim da Serra. Logo após o pórtico, paramos para conhecer a Cascata da Barrinha. Um local muito bonito e que rende lindas fotos.
Passeamos pelo pequeno centro da cidade e logo nos dirigimos para o Mirante da Serra do Rio do Rastro. A neblina não permitiu que pudéssemos contemplar a vista. Resolvemos ficar por ali mesmo e descansar no restante do dia. Com um mate na mão, ficamos observando o vai e vem de turistas que, em vão, tentavam observar a estrada.
Distância percorrida: 92 km
Localização pernoite Mirante da Serra do Rio do Rastro:
https://goo.gl/maps/32kWvA5tQbBiu7th9
Foto: Ponte pênsil na Pousada Pica Pau.
Foto: Cascata da Barrinha.
Dia 8- Bom Jardim da Serra- Vacaria
Sabe aquela frase quem espera, sempre alcança? Foi mais ou menos assim que aconteceu conosco. Optamos por pernoitar no mirante para, no dia seguinte, tentar observar a serra do Rio do Rastro. Antes das seis da manhã, sozinhos no mirante, o céu estava limpo e a Serra toda ao nosso alcance. Um visual surreal! Lindo demais! Após muitas fotos, tomamos café da manhã por ali. Além de nós, uma família inteira de quatis que quase acabou com o nosso café da manhã kkk.
Foto: Serra do Rio do Rastro.
Seguimos viagem em direção ao Cânion da Ronda, um dos principais de Bom Jardim da Serra. Pelo caminho, cruzamos pelo Parque Eólico. A visibilidade do Cânion não estava boa devido a neblina e por questões de segurança, o Cânion estava fechado.
Nossa próxima parada foi no centro de São Joaquim. Caminhamos um pouco pela praça central, mas como não nos chamou muito a atenção, decidimos seguir viagem. Pela estrada, avistamos muitas vinícolas. Resolvemos entrar na Vinícola Villa Francioni para ver os parreirais mais de perto. Optamos por não realizar a visita guiada. Conhecemos a loja e os espaços abertos da vinícola.
Nosso próximo destino seria a região dos Cânions do Rio Grande do Sul, distante cerca de 40 km dali. Todavia, conversamos com alguns locais que nos informaram que a estrada não estava boa devido as intensas chuvas e optamos por não arriscar. Por isso acabamos rodando mais do que o previsto, voltando até Vacaria para depois seguir para a região dos cânions.
Pernoitamos mais uma noite na Vinícola Campestre. Chegamos no entardecer e fomos contemplados com um belíssimo pôr do sol com vista para os parreirais.
Foto: Entardecer na Vinícola Campestre.
Distância percorrida: 222 km
Localização Vinícola Campestre: https://g.page/vinicolacampestre?share
Dia 9- Vacaria- Cambará do Sul
Logo após o café da manhã, pegamos a estrada em direção a Bom Jesus. Em Bom Jesus, paramos um pouco no centro histórico para a Sofia curtir o playground da pracinha. Depois de uns minutos de descanso, pegamos a estrada em direção a Cambará.
Chegamos a Cambará no meio da tarde e nos dirigimos a Pousada Recanto dos Amigos, onde fizemos um passeio a cavalo. Sofia queria muito andar de cavalo e recebemos a indicação desse passeio. Custou R$50,00 por pessoa e valeu muito a pena. Os animais eram super bem cuidados e tranquilos. O visual das araucárias e dos campos a perder de vista deram um show a parte.
Já no final do dia seguimos para a Estância da Felicidade, que abriu suas portas para que pudéssemos pernoitar. Somos muito gratos a hospitalidade do proprietário.
Distância percorrida: 146 km
Localização da Estância Felicidade: https://goo.gl/maps/FBZP7dCHgNNUaJX67
Dia 10- Cambará do Sul- Gramado
Dia lindo em Cambará. Aproveitamos para ir visitar o Cânion Fortaleza, localizado no Parque Nacional da Serra Geral. Para essa visita, contatamos com o guia Dedé, que já é nosso conhecido por realizar inúmeras saídas de campos com nossos alunos. Dedé é um guia muito experiente e recomendamos fortemente os seus passeios (contato: 549945-7011). Para chegar até lá, são uns 10 km de estrada de chão que não estavam em boas condições. Por isso é sempre legal conversar com algum guia local, a fim de evitar se meter em uma fria.
Foto: Cânion Fortaleza.
A entrada no Parque é gratuita. Com mais de 1200 metros acima do mar e sete quilômetros de extensão, o Cânion Fortaleza é de uma beleza sem igual. Os paredões têm mais de 900 metros de altura. Surreal. Existem algumas trilhas possíveis de serem percorridas. Como estávamos com a Sofia e já conhecemos a região, optamos por apenas apreciar o visual do primeiro mirante.
A previsão era de muita chuva. Voltamos para o motorhome e logo pegamos a estrada para Gramado. Passamos rapidamente por Canela e chegamos no Camping Gramado, local do nosso pernoite.
Fotos: Camping Gramado.
A chuva demorou um pouco a chegar e ainda conseguimos fazer um churrasquinho e aproveitar a estrutura do camping, que por sinal é maravilhosa. Ficamos encantados com as áreas comuns do camping, bem como a limpeza dos banheiros.
Distância percorrida: 115 km
Localização Camping Gramado: https://goo.gl/maps/GYRFB77Hv5Cg3EUx8
Dia 11- Gramado
Gramado já é nossa velha conhecida. Amamos essa cidade e, sempre que podemos, viemos passear por aqui. Sendo assim, tiramos o dia para passear e curtir a cidade. Vale salientar que já conhecemos a cidade muito bem, por isso não fizemos nenhum roteiro mais turístico. Caminhamos pelas ruas centrais da cidade e aproveitamos para brincar bastante com a Sofia. A chuva atrapalhou um pouco, mas nada que algumas paradas estratégicas não ajudassem.
Localização Camping Gramado: https://goo.gl/maps/GYRFB77Hv5Cg3EUx8
Dia 12- Gramado- Bento Gonçalves
Saímos cedinho de Gramado em direção ao nosso próximo destino, Bento Gonçalves. Pelo caminho, passamos por Nova Petrópolis e Caxias do Sul, até chegarmos na nossa primeira atração, a Casa da Ovelha.
Localizada nos Caminhos de Pedra, a Casa da Ovelha é um passeio incrível para quem está com crianças. Dá para acompanhar a rotina da lida com as ovelhas, dar leite para os filhotes, ver o pastoreio dos cães e ainda se deliciar com os produtos produzidos com o leite da ovelha. Se você está com criança, a Casa da Ovelha é imperdível. O ingresso custa R$80,00.
Fotos: Alguns registros da maravilhosa visita à Casa da Ovelha.
Depois da Casa da Ovelha, nos dirigimos para outra atração dos Caminhos de Pedra: o Parque Casa na Árvore. O autor do grande projeto, Ademir Spezia, morou em uma casa na árvore e, mais velho, decidiu construir várias casas na árvore. O complexo é muito legal. Trilhas em meio as árvores, escorregas, balanços e esculturas fizeram a alegria da Sofia. O ingresso custa R$20.
Fotos: Parque Casa na Árvore.
Já no entardecer fomos passear pelo roteiro dos Caminhos de Pedra. Já visitamos muitos atrativos em outras oportunidades. Demos uma passada na Casa das Cucas e na Casa da Erva Mate. Para nossa surpresa, encontramos o Benevento Chocolates e Café. O espaço já estava fechado, mas o proprietário permitiu que pernoitássemos por ali. Um lugar tranquilo e muito bonito.
Foto: Casa da Erva Mate.
Foto: Nosso pernoite no Benevento Chocolates e Café.
Distância percorrida: 100 km
Localização Benevento Chocolates e Café:
https://g.page/beneventochocolatecafe?share
Dia 13- Bento Gonçalves- Passo Fundo
Acordamos cedinho para curtir o espaço do Benevento Chocolates e Café. Em uma enorme área verde, com mesas ao ar livre e espaço para brincar, o lugar é ideal para famílias. Pedimos uma tábua de café da manhã. Deliciosa! Os chocolates de fabricação própria também são muito bons. Somos imensamente gratos pela cordialidade de toda equipe do local. Certamente voltaremos.
Foto: Café da manhã no Benevento Chocolates e Café.
Dali, seguimos para Bento Gonçalves e levamos a Sofia para conhecer a famosa Maria Fumaça. Em função do tempo e, também por questões da pandemia, não realizamos o passeio. Já fizemos esse passeio em outra oportunidade e recomendamos. É um passeio de muita cultura e diversão, além de muita beleza natural.
Foto: Maria Fumaça, Bento Gonçalves.
Outra região que a gente adora e sempre que pode a gente visita, é o Vale dos Vinhedos. Não poderíamos deixar de dar uma passadinha por ali. Estacionamos na Vinícola Miolo e fomos caminhar e observar os parreirais. Depois curtimos o espaço da Miolo Garden para descansar antes da última etapa da nossa viagem.
Fotos: Vinícola Miolo.
Já no meio da tarde, seguimos para Passo Fundo. Encontramos o Camping Pol, local onde pernoitamos. O camping é bem básico, mas tinha tudo que precisávamos.
Distância percorrida: 180 km
Localização Camping Pol: https://goo.gl/maps/qZh71k3H7BXoWcGR6
Dia 14- Passo Fundo
Depois do nosso último café da manhã a bordo no nosso motorhome, rodamos cerca de 30 km para entregar o motorhome, pegar o nosso carro e voltar para casa.
Gastos gerais:
Combustíveis: R$ 641 (168 litros- média de R$3,80 o litro do diesel S10). Rodamos 1500 km (o motorhome fez em média 9 km/litro)
Pedágio: R$ 100.
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Quer saber mais sobre nossas viagens de motorhome? Leia aqui.
6 comentários em “Roteiro de Motorhome pelo Sul do Brasil- SC e RS.”
Curti muito o roteiro de vocês. Não tenho o costume de viajar de motorhome, mas penso em adquirir. Verdadeiros aventureiros! O local deste roteiro que não conheço ainda é Urubici, mas agora fiquei instigado a ir o mais breve possível, também em homenagem ao casal de amigos. Sucesso para vocês.
Querido Tarcísio,
Obrigada pela mensagem.
Depois que conhecer Uribici, nos conta! Com certeza irá te apaixonar! É uma imersão na beleza natural.
Abraços, Aline e Chris.
Boa noite,
Qual o motivo de ter locado home em Passo Fundo?
Melhor custo benefício?
Te agradeço pelas dicas
Amei o roteiro de vocês.
Tenho um sonho desde a minha juventude de comprar um motorhome e fazer uma viagem pelo interior do RS.
Penso em ver se consigo um patricionio ou vários patrocínios para ter condições de viajar. Eu minha companheira e uma amiga que mora com a gente faz muitos anos. Parabéns para vocês que conseguem viajar e conhecer este mundão tao lindo. Já estou com 63 anos, mas não desisti do meu sonho…
Como vocês conseguem recursos para fazer estas viagens todas? É algum patrocínio?
Oi Eliane. Agradecemos teus comentários. Não temos nenhum patrocínio. Pelo contrário, trabalhamos bastante. Somos professores e economizamos bastante para viajar. Um beijão, Aline e Chris.
Oi Clovis. Na época, foi o melhor custo benefício que encontramos. Aí fomos de carro até lá, deixamos o carro e pegamos o motorhome.
Um abraço, Aline e Chris.